sexta-feira, 16 de março de 2012

FOTOGRAFIA XII

Ambrotipo e Ferrótipo

Ambos são variações do colódio.

Ambrotipia

Elaborada por Ascher com a colaboração de Peter Wickens Fry.
A partir de uma chapa de colódio obtinha-se um positivo. Procedia-se da seguinte maneira: branqueava-se um negativo sub-exposto de colódio, escurecia-se o dorso com tecido preto ou verniz escuro, dando assim a impressão de um positivo. Quando um negativo é colocado sobre um fundo escuro com o lado da emulsão para cima, surge uma imagem positiva graças à reflexão de luz da prata metálica. Muito embora o negativo não pudesse ser copiado, o processo resultava em uma economia de tempo e dinheiro, pois eliminava-se a etapa da obtenção de cópia. Marcos A. Root, um daguerreotipista da Filadélfia, foi quem sugeriu o nome de Ambrotipia; que também era usado na Inglaterra, já no demais países europeus era geralmente conhecido com Melainotipo. Os retratos pequenos, feitos através deste processo, foram difundidos nos anos 50 até serem superados pela moda das fotografias tipo “carte-de-visite”.

Ferrótipo

O Ferrótipo ou Tintipo obtinha um fotografia acabada em menos tempo que o Ambrotipo. Há controvérsias sobre o criador do processo sendo citado Adolph Alexandre Martin, um mestre francês em 1853 e Hannibal L. Smith, um professor de química da Universidade de Kenyon. O processo era em parte semelhante ao Ferrótipo, o que mudava era que ao invés de utilizar verniz ou pano escuro, utilizava-se uma filha de metal esmaltada de preto ou marrom escuro, como suporte do colódio. O baixo custo era devido aos materiais empregados e a sua rapidez decorria das novas soluções de processamento químico.

A partir de 1860, este processo foi muito utilizado por fotógrafos norte-americanos que faziam fotos de crianças em praças públicas, famílias em piqueniques e recém casados em porta de igrejas.

A utilização de placas úmidas era o grande inconveniente de todos os processos de colódio, muitas tentativas foram feitas para que o colódio fosse mais durável e a finalização do processo fosse feito no laboratório do fotógrafo; mas logo foi substituído pela gelatina que era um processo a seco.

Ambrotipo sem o fundo escuro na
metade da imagem, para mostrar o
efeito positivo / negativo em 1858
Ambrotipo da Sra. Willian Blake 1854





















quarta-feira, 14 de março de 2012

Grafite e Caricatura em Mauá


Exposição de grafite e caricatura

O Museu Barão de Mauá na última sexta feira dia 9 de março realizou a abertura oficial das exposições Olhar e do projeto Ocupacentro já em comemoração ao dia do grafite(27/03), os trabalhos ficarão expostos até o fim de abril e a entrada é gratuita.
Trabalhos do artista Sonic abordam a cultura indígena e africana por meio de caricaturas. Foto: Evandro Oliveira/ PM

terça-feira, 13 de março de 2012

FOTOGRAFIA XI

As placas úmidas – Ascher
Frederick Scott Ascher, inventor
do processo colódio úmido 1851
Para usar o vidro como base para o negativo, tinha a dificuldade de encontrar algo que contivesse, numa massa uniforme os sais de prata sensíveis à luz, e que não se dissolve-se durante a revelação.

Um primo de Nicéphore Niépce, Abel Niépce da Saint-Victor em 1847, descobriu que a clara de ovo (albumina), era uma solução adequada no caso do iodeto de prata. O processo consistia em cobrir uma placa de vidro com clara de ovo, sensibiliza-la com iodeto de potássio, submete-la a uma solução ácida de nitrato de prata, revelada com ácido gálico e por fim fixadas com tiossulfato de sódio. O bom do processo era a precisão de detalhes que era proporcionado, em contra partida o tempo de exposição era longo, cerca de 15 minutos, a preparação era complexa e o armazenamento era de no máximo 15 dias.
Tenda para a prática da fotografia em
campo na época do colódio úmido 1875
O ano é 1851, na França morre Daguerre; na Grã Bretanha é organizada a Grande Exposição, fruto da revolução industrial; Frederick Scott Archer lança o processo do colódio úmido que suplantou em pouco tempo todos os outros processos, tendo sido publicado no “The Chemist” em março. Archer era um escultor londrino sem renome, mas com grande interesse por fotografia, não contente com a qualidade das imagens conseguidas com o processo de Talbolt, sugeriu que uma mistura de algodão de pólvora com álcool e éter, chamada de colódio, como meio de unir os sais de prata nas placas de vidro.

O processo:

O colódio com iodeto de potássio era cuidadosamente espalhado sobre o vidro, escorrendo-se o excesso até formar uma superfície uniforme.
No quarto escuro, com somente uma fraca luz alaranjada, a placa era submetida a um banha de nitrato de .
A placa era exposta câmara escura ainda úmida, porque a sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava. O tempo médio de exposição à luz do sol era de 30 segundos.
Antes que o éter, que se evapora rapidamente secasse, tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com sulfato ferroso.
A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de postássio (venenoso), para finalmente lavar bem o negativo.

A vantagem do colódio era que além de muito transparente, permitia uma concentração maior de sais de prata, o que fazia ela 10 veze mais sensível que a de albumina, seu único problema era que a placa tinha ser sensibilizada, exposta e revelada em um curto espaço de tempo. Archer não patenteou o seu processo, morreu na miséria e quase desconhecido; com isso os fotógrafos ingleses podiam praticar livremente, pela primeira vez, a fotografia.
Capa do livro "Photographic
Pleasures" que satirizava a
fotografia
Talbot acreditando que o colódio infringia a sua patente, levou aos tribunais um fotografo de Oxford Street que se utilizava deste processo; o juiz pôs e dúvida o direito de Talbot e o juri decidiu que o processo do colódio não infringia a sua patente; a isto soma-se o fato de a patente de Daguerre ter expirado em 1853, ficando assim livre a fotografia.
A carriça fotográfica de Roger
Fenton na guerra da
Criméia, 1855
A fotografia agora tinha condições de crescer em popularidade e em quantidade de aplicações do colódio, que durou 30 anos. O número de retratistas aumentou consideravelmente, pessoas de todas as classes sociais desejavam retratos e, se estendeu o uso de uma adaptação barata do processo de colódio chamada Ambrotipo.

Fotografo de paisagem, 1865















Fontes: www.kodak.com; www.wikipedia.org; www.cotianet.com.br; www.fujifilm.com.br.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Clube da Esquina

HQ - Histórias do Clube da Esquina

Capa da HQ


Quadrinho baseado entre outras fontes no livro "Os sonhos não envelhecem" de Márcio Borges. Criado pela dupla Laudo Ferreira e Omar Viñole e publicado pela Devir Livraria; conta a trajetória de alguns dos maiores nomes da nossa música: Márcio Borges, Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges, Toninho Horta entre outros, feito sob medida para quem conhece, quem já ouviu falar e para quem não conhece se dar a prazerosa oportunidade de conhecer. Abençoada Minas Gerais que nos tem dado bons frutos.

...Espero que as pessoas que conhecem as histórias do Clube viajem e deem boas risada nesta abordagem... E para as pessoas que não conhecem, este é um extraordinário meio de penetrar na vida e na intimidade dessa turma que doou ao país os seus melhores anos de vida, o melhor de sua juventude, de sua poesia e sua música........
Márcio Borges
do prefácio da HQ

“Mais uma vez penso que o Clube não pertencia a uma esquina, a uma turma, a uma cidade, mas sim a quem, no pedaço mais distante do mundo, ouvisse nossas vozes e se juntasse a nós.
O Clube da Esquina continua vivo nas músicas, nas letras, no nosso amor, nos nossos filhos e quem mais chegar”

Milton Nascimento
no posfácio do livro “Os sonhos não envelhecem” de Márcio Borges. (retirado da HQ)




jipe Manoel, o audaz (um Land Rover 1951)



Leia, ouça, veja  o Clube da Esquina 

Clube da Esquina

Clube da Esquina 2