terça-feira, 6 de julho de 2010

Land Art

LAND ART

Land Art ou Earthwork, surgiu no final da década de 1960; utiliza como suporte, tema ou meio de expressão o espaço exterior; não era a questão de representar a paisagem,mas sim, fazer parte dela; não, uma arte sobre a natureza, mas dentro dela. Os artistas se integravam num movimento cultural que preconizava “o regresso a natureza”; a Land Art rompe com o espaço tradicional das galerias e museus, pois é um tipo de arte que não cabe nestes espaços tradicionais, a não ser em representação fotografica. Uma das obras mais conhecidas, é a Plataforma Espiral (Spiral Jetty), de Robert Smithson (1971), construída no Grande Lago Salgado (Great Salt Lake), em Utha, nos Estados Unidos da América.
Principais Artistas:
Robert Smithson
Sol Le Witt
Robert Morris
Carl Andre
Christo & Jeanne-Claude
Walter de Maria
Dennis Oppenheim
Richard Long



FONTES: http://www.infopedia.pt/$land-art, http://pt.wikipedia.org/wiki/Land_Art, caleida.pt/clepsidra

sábado, 3 de julho de 2010

Poetizando o Apocalipse


AUGUSTO DOS ANJOS

PSICOLOGIA DE UM VENCIDO
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme - este operário das ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e á vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!

Versos Íntimos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!