terça-feira, 31 de janeiro de 2012

FOTOGRAFIA VIII

MEDO : A PINTURA MORREU!

Em troca de uma pensão estatal, através de seu amigo Arago, que era membro da Câmara dos Deputados da França, Daguerre descreve minunciosamente seu processo (daguerreotipia), na Academia de Ciências e Belas Artes. Dias antes, por intermédio de um agente, requer a patente de seu invento na Inglaterra..

Os daguerrótipos se difundem rapidamente pelos grandes centros urbanos, a ponto de vários pintores figurativistas como Dellaroche, exclamarem com desespero: “a pintura morreu”! Foi nesse cenário que surgiu o Impressionismo, e justamente essa revolução na arte, além de outras causas tem a fotografia, alguns jovens artistas se sentiram libertos, pois podiam procurar novos rumos para a pintura, visto que se fosse questão puramente figurativa (neoclássica, romantista ou realista) a fotografia podia suprir, ou viria.

A daguerreotipia se popularizou por mais de 20 anos, apesar deste êxito, devido a fragilidade, a dificuldade de ser vista a cena devido a reflexão do fundo polido do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias partindo-se do mesmo original. E isto motivou novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel.

Caricatura de TH Hosemann mostrando o fotógrafo substituindo um pintor retratista

 

Caricatura francesa satirizando a moda da época: a fotografia!



O estúdio de Richard Beard 1842

Caricatura de Daumier 1844

Instalação de um estúdio fotográfico - 1865


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Antanas Sutkus

Antanas Sutkus

Lituano nascido em 27 de julho de 1939 em Kluoniškiai no distrito de Kaunas, renomado fotografo detentor do Prêmio Nacional da Lituânia e Ordem do Grão-Duque Grediminas da Lituânia, Foi co-fundador e presidente da Photography Art Sockety of Lithuania.
A serie Pessoas da Lituania é considerada uma das suas obras mais importantes. É um projeto contínuo inciado em 1976 para documentar a vida mudando e as pessoas da Lituânia.

Museu Oscar Niemeyer recebe exposição de fotógrafo lituano

A partir desta quinta-feira (26), o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, recebe a exposição "Antanas Sutkus: um olhar livre". Ao todo, 120 imagens feitas pelo fotógrafo. A abertura da exposição, que  ficará em cartaz no MON até o dia 20 de maio, será às 19h.
O público que visita o MON poderá, nos próximos meses, conhecer e analisar o trabalho de Sutkus, que começou a fotografar nos anos 1950. Em seu acervo, o fotógrafo conserva mais de 1 milhão de negativos, que retratam a vida cotidiana.
Antes da abertura, Sutkus participará de um bate-papo com os visitantes, em que falará sobre sua técnica. O lituano é avesso ao processo digital. Para ele, a fotografia digital reduz as responsabilidades do fotógrafo, já que ele perde a atenção ao fotografar diversas imagens em pouco tempo.
Serviço:
A entrada para o bate-papo e para a inauguração da mostra são gratuitas. Nos outros dias, a entrada para o MON custa R$ 4 e a meia-entrada R$ 2. O museu fica aberto de terça domingo, das 10h às 18h e fica na Rua Marechal Hermes, 999, no Centro Cívico.




A First Year Shoolgirl. Kaunas, 1962

Blind Pioneer. Kaunas, 1962

Immatriculation. Vilnius, 1973


Friends. Vilnius, 1966

Jean-Paul Sartre in Lithuania. Nida, 1969

Lithuanian Family. Aukštaitija 1967

The Last Summer. Zarasai, 1968

The Mother's Hand. Vilnius, 1966

Antanas Vinkus, Physician. Nida, 1970

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fotografia VII


Daguerreotipia
Daguerre

Louis Jacques Mandé Daguerre (1787-1851), durante alguns anos causou sensação em Paris com o seu “diorama”, um espetáculo composto de enormes painéis translúcidos , pintados por intermédio da câmara escura, que produziam efeitos visuais (fusão, tridimensionalidade) através de iluminação controlada no verso destes painéis; através dos irmãos Chevalier, que eram óticos em Paris Daguerre entrou em contato com Niépce, ambos buscavam obter imagens impressas quimicamente. Mantiveram correspondência durante algum tempo e em 1829 firmaram uma sociedade objetivando aperfeiçoar a heliografia, compartilhando seus conhecimentos. Esta sociedade não deu certo; Daguerre constatou que o betume da Judéia tinha grandes limitações, resolveu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Na câmara escura, expunha placas recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz.

A canção da Daguerreotipia 1839

Passara-se dois anos da morte de Niépce, quando Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia se revelar com o vapor de mercúrio, desse modo o tempo de exposição era reduzido e horas para minutos. Em todas as partes atingidas pela luz, o mercúrio criara um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação que era controlada, a placa com a imagem era submetida a um banho fixador, que dissolvia os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. A princípio o sal de cozinha (cloreto de sódio) foi utilizado como fixador, posteriormente substituído por tiossulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem; a esse processo deu-se o nome de Daguerreotipia.
Daguerre divulgou seu processo em 7 de janeiro de 1839, e no mesmo ano no dia 19 de agosto a Academia de Ciências de Paris, tornou o processo a acessível ao público. Daguerre também foi pintor decorador.
Equipamento completo para a Daguerreotipia
Suporte para fixar a cabeça usado na época de Daguerre
Daguerreotipia